Um dos objetivos do blog Caminho Nobre é usar SITUAÇÕES DO COTIDIANO para explicar conceitos chaves da vida humana.
Abaixo segue uma explicação sobre como os desejos se transformam em grandes geradores de maldades.
Ao ler o texto abaixo peço que lembrem que vivemos em uma sociedade consumista, na qual os desejos possuem grande poder.
Lembrem também do aumento generalizado da agressividade e do egocentrismo disseminado por todo o planeta.
Saiba porque a bondade precisa do equilíbrio e da autoprivação
Joana queria muito um peixe.
Seus pais queriam vê-la feliz.
Compraram o peixe.
Eles queriam realizar o desejo da filha. Ela queria ter um peixe.
Ninguém queria cuidar decentemente do peixe.
Onde existe tanto querer, tanto desejo, alguém vai sofrer.
Joana ficou muito feliz com seu peixinho.
Depois de algumas horas esqueceu-se dele.
Ela passou a desejar outro brinquedo.
Os pais olharam para o peixe e tiveram muita vontade de sumir com ele.
O peixinho ficou isolado em um canto.
Desprezado pela Joana, sentindo as suas condições de sobrevivência piorar.
Ele podia ser feliz e bem cuidado.
Estava sozinho, caminhando para a morte precoce.
A Joana agora desejava outras coisas.
Os pais não queriam mais trabalho (desejos geram trabalho).
Para cuidar bem do peixe teriam que aprender a tratar, comprar equipamentos e todos os dias ter o trabalho de mantê-lo com conforto e bem-estar.
Um desejo, para não ser a origem da maldade, gera trabalho e esforço por um longo período.
Este esforço direcionado é a oportunidade de aprendizado.
Por exemplo: aprender a cuidar de um peixe com respeito pela sua vida.
É a OPORTUNIDADE de exercitar o amor, a disciplina e expandir o conhecimento.
Por um longo período o peixinho seria parte da família.
Bem-cuidado, respeitado e valorizado.
Se o desejo refluir e der espaço para o esforço, o aprendizado e a dedicação, nenhuma semente do mal irá germinar.
Mas, se o desejo continuar DOMINANDO a mente da garotinha, a maldade irá se espalhar.
Outros textos de Regis Mesquita
Ao invés de ampliar seus desejos, amplie sua consciência
A quietude da mente gera paz e serenidade
Serei um aproveitador de tudo que há em mim
Os desejos são positivos apenas quando são poucos.
O oposto do desejo é o usufruto do aqui e agora.
O aproveitar o que é e o que possui.
O desejo é o desperdício. É o desprezo pelo que é real.
O desejo eventual ajuda a ter metas (meta: vamos ter um peixe).
Estas metas somente se concretizam ao longo do tempo (cuidar do peixe por meses e anos).
A mente deve se manter no objetivo; aprender e desenvolver habilidades para atingir o objetivo.
Mas, se a mente continua a desejar e a criar outros focos (metas), ela passa a se boicotar.
Um desejo vem, e logo é substituído por outro.
Joana e seus pais substituíram o desejo pelo peixinho por outro objetivo qualquer.
Desprezaram a conquista, desprezaram o objetivo.
Maltrataram o peixe.
Joana APRENDEU a ser cruel, impulsiva e com pouco usufruto.
Um dia ela cresceu e seus pais se perguntaram onde foi que erraram.
Eles acreditavam que deram tudo do melhor para ela.
Mas, na realidade, eles transformaram sua filha numa máquina de desejos.
Ela se boicotava, por isto estava sempre buscando algo e esquecendo-se de usufruir o que possuía e o que era.
Ao longo dos anos muita maldade aconteceu.
Porque a mente que muito deseja gera maldade, mesmo que não perceba.
O amor gera continuidade, permanência.
A maldade destrói, e abre espaço para mais e mais desejos.
Alguns dias depois o peixinho morreu.
Os pais ficaram aliviados.
A garotinha nem notou.
Estava ocupadíssima com alguma novidade que seu desejo exigiu.
Novidade que logo ficaria velha, esquecida e desprezada.
Esta novidade (pessoa, animal ou objeto) também será desprezada, esquecida, maltratada.
Desejar continuamente é sempre espalhar a maldade.
Autor: Regis Mesquita
Contato, orientação e terapia: regismesquita@hotmail.com
Quer receber nossos emails?
A cada 15 dias mandamos um email com novidades e textos especiais.
Solicite através do email de contato acima.
Conheça e Leia
COMECE A LER AGORA, CLIQUE AQUI
Leia também:
Mutualismo e humildade: 100 trilhões de bactérias vivendo no nosso corpo
Sou mais do que meu Eu acredita
Focar o presente e a simplicidade para amplificar a satisfação
Autossabotagem: a arte de aumentar o próprio sofrimento
Pessoas que sofrem por causa da mente reativa
Instale o aplicativo DIA A DIA ESPIRITUAL no seu celular
Centenas de imagens com belos pensamentos para você compartilhar.
DIREITOS AUTORAIS
Os textos do Blog Caminho Nobre, escritos pelo seu autor Regis Mesquita, estão REGISTRADOS junto ao Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional.
Proibida a reprodução! Este artigo não pode ser reproduzido por meio impresso, eletrônico ou qualquer outra forma sem a autorização escrita do seu autor (SAIBA MAIS).
jan 18, 2014 @ 19:11:42
Esta e a realidade de quase todas as pessoas mimadas ou filhos(as) unicas, infelismente vejo isso com frequencia.
jan 21, 2014 @ 00:44:46
Não é só em crianças mimadas. Este padrão se tornou extremamente comum na sociedade consumista em que vivemos.
Que tal compartilhar este texto nas redes sociais?
nov 27, 2017 @ 17:25:14
Regis Mesquita, texto muito importante. Também vou ler seu livro a espiritualidade no dia a dia.
Que Deus continue te iluminando.